TERRIR
A Era Dunga na seleção brasileira é um pesadelo para a maioria dos torcedores. Felizmente, todo esse temor é compensado por boas risadas. Não há como conter o riso diante das inúmeras situações cômicas que a comissão técnica criou nestes últimos meses. É inevitável que se faça piada dessa seleção. O próprio treinador já tem nome de personagem de desenho animado. Um prato cheio para trocadilhos.
Não há como culpar os humoristas de plantão. Quando o Brasil perdeu para Portugal, pouco se falou sobre a derrota, feio mesmo foi a camisa estilo Augustinho que o Dunga vestia sob um inverno gélido. Durante dias o técnico teve que explicar mais sobre sua opção fashion do que a respeito do resultado adverso. O técnico Dunga acabou virando notícia na imprensa especializada em moda e ganhou as passarelas. Mas para o torcedor, adepto do bermudão e camiseta de futebol, avesso à alta costura e outras frescuras, aquilo mais parecia um nariz vermelho de palhaço. Foi realmente hilário. A camisa, não o jogo.
Quando todos já haviam esquecido do modelito “by Dunguinha”, vieram os pedidos de dispensa de Kaká e Ronaldinho. Para mostrar punho firme e comando a todos, o técnico resolveu expor publicamente a justificativa dos jogadores. Dunga veio a público condenar a deserção, prometeu punição e clamou que na seleção dele só jogaria quem quisesse realmente jogar. A vingança não tardou e os dois acabaram sendo convocados para os amistosos diante de Inglaterra e Turquia. E ainda por cima foram titulares no primeiro jogo. No final das contas, o castigo aos dois jogadores foi, na verdade, um prêmio. Jogaram na reinauguração do estádio de Wembley, em Londres, e foram poupados da visita à Venezuela de Hugo Chávez.
Logo em seguida, Dunga resolveu convocar Zé Roberto para Copa América. O ex-jogador do Santos prontamente recusou o convite. O que não foi de causar espanto, afinal, para quem tem medo de morar na cidade de Santos, Caracas não é um lugar muito convidativo. Sobraram criticas do treinador a mais um desertor. O técnico quis até entrar no mérito da segurança pública no Brasil. Mas dessa vez a piada foi de mau gosto. Ninguém riu.
Mas quando Dunga parecia estar perdendo a platéia, eis que surge mais uma “grande” polêmica. Robinho não se apresentou na data programada porque vai disputar a última rodada do campeonato espanhol, valendo o título, pelo Real Madrid. É hora da CBF entrar no assunto. Protestos, cartas e ameaças para Robinho e para a Fifa. Mas quando a opinião pública, com exceção dos catalães, entendeu o motivo do atraso, prontamente o técnico Dunga retirou suas idéias malignas de punição ao jogador e deixou a briga para CBF e Real Madrid. Todo mundo sabe já sabe quem vai ganhar essa “picuinha” criada pelos dirigentes brasileiros. “Mas Stanislaw, o quê há de engraçado nisso?”. É impagável a expressão do técnico Dunga a cada desmando dos seus comandados. Ninguém mais respeita ele. A cada revés que sofre nos bastidores, o treinador tenta manter a postura de como quando era jogador, capitão, valente e brigador. Mas mal ele se levanta e já toma outra rasteira. E acaba que não consegue manter a pose. O problema é que ninguém ri com ele. Ri dele.
Chega de desviar a atenção dos torcedores com números humorísticos, futebol que é bom, até agora nada. Reitero meu pedido por um técnico experiente, não uma atração de picadeiro. Parece que vai ser inevitável, e até um pouco infame, mas um jornal ou site por aí vai estampar uma manchete antes do final da Copa América: “Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou...”.

Um comentário:
Mas o Dunga é um curinga do Ricardo Teixeira. Se pintar felipão, luxa ou qq outro, não vai ser nada difícil o anão ser trocado.
Acho que ele cumpre bem a função que o presidente da cbf lhe confiou: fazer uma horinha enqto um técnico de verdade não aparece.
Abraços,
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