sexta-feira, 1 de junho de 2007

SÍNDROME WILLIAM WALLACE

O Grêmio está com um pé na final da Libertadores. De todos os times brasileiros, foi o que teve o caminho mais tortuoso até as fases finais. Na primeira fase enfrentou o atual semifinalista, Cúcuta. Logo nas oitavas enfrentou o franco favorito São Paulo. E na fase seguinte reverteu a desvantagem diante do Defensor. Mesmo assim dizem que é só um time valente.
Na última sexta-feira o jornalista André Rizek intitulou o Grêmio como um time aguerrido, sem nenhum talento individual. No mesmo dia caiu em contradição por várias vezes ao reconhecer que o plantel gremista conta com jogadores decisivos como Tcheco, Tuta, Carlos Eduardo, entre outros. Depois da vitória incontestável do tricolor gaúcho sobre o Santos, Rizek insistiu no erro. Atribuiu, apenas, ao brio do Grêmio o diferencial entre os dois times. Pois eu me pergunto, só valentia ganha jogo? Por que a desconfiança sobre um plantel respeitável como o do Grêmio?
Os dois times contam com bom elenco. Onde falta para um, sobra para o outro. Enquanto o Santos não tem uma boa referência no ataque, o Grêmio conta com o artilheiro Tuta, além de Amoroso. Se o Peixe tem o excepcional Zé Roberto, Tcheco dá conta do recado na meia cancha gremista. Sem falar da superioridade santista pelas laterais. Os dois têm suas carências, mas qual clube não tem? O Grêmio chega às semifinais com o mesmo mérito de todos os outros. Não há nada de argentino no tricolor, além da avalanche de torcedores no momento do gol. Querer ganhar e jogar com brio não é atributo ímpar dos hermanos. É apenas futebol.
Luxemburgo declarou que saiu barato para o Santos os dois gols de desvantagem. Não porque tem um time pior. Simplesmente, porque venceu quem quis vencer.

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