quarta-feira, 27 de junho de 2007

O fotógrafo da Folha de S. Paulo, Lula Marques, captou as duas imagens abaixo. Na primeira, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), lê bilhete entregue pelo colega encrencado Renan Calheiros (PMDB-AL).

O texto é o seguinte: “Arthur: Precisamos resistir ao esquadrão da morte moral. Quem me conhece, sabe do meu comportamento. Para punir alguém, é preciso ter quebra de decoro e prova. Fora disso é imprensa opressiva. Você precisa me ajudar. Renan."

Na segunda imagem registrada, Virgílio rasga o bilhete. Tarde demais. O fotógrafo já havia conseguido clicar seu conteúdo.
Se Virgílio "tucanar" - e você sabe qual é o significado do verbo - hoje, na reunião do Conselho de Ética do Senado, ficará claro que ele resolveu atender o apelo do colega honrado, negociante de gado bem sucedido e homem público acima de tudo. Renan, ora ora, é, no fim das contas, mais uma vítima da "imprensa opressiva" que atende também pelo nome de "esquadrão da morte".
Mas se é mesmo o caso de "demonização" por que então o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), aquele que segundo o blogueiro Josias de Souza presidia para ser presidido, resolveu pular fora quando o barco mostrou irremendável buraco?
O melhor que Renan deveria fazer a essa altura era pedir licença do cargo, mas lá com seus botões, ele deve pensar. "Se não arredei do cargo até agora...". Comenta-se que o senador até adotou o lema de Marta Suplicy: "relaxar e gozar". Mas, ei Renan, vê se usa camisinha dessa vez!

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