terça-feira, 19 de junho de 2007

DOIS RECLAMES DO GOVERNO

Nem é preciso fazer sinal de fumaça para identificar o evidente pandemônio instalado no governo para (in)explicar a gastança do governo Requião com publicidade oficial nos dois últimos anos. Adepto do provérbio “a melhor defesa é o ataque”, o governador se armou de tacape, bodoque e borduna e partiu para a briga.
Denotou o desespero sem disfarce. Em duas “peças publicitárias” lançadas, ontem, na TV Educativa, tratou de botar a mídia paranaense em um mesmo caldeirão e atear fogo. Pois, olha, em alguns casos as brasas eram “injustas”. Queime-se este Jornal do Estado, sim, porque afinal está incluído no índex (com muito orgulho) desde que o verniz low-profile de Requião foi riscado e revelou-se o mesmo falastrão que gestou um tal de “Ferreirinha”.
Mas, please, não juntem no fogaréu aquela imprença afagus afagabus que mamou nas tetas úberes da vaca pública e só se bandeou para a oposição quando a dita (a vaca) foi para o brejo.
Posto isso, passemos para uma avaliação das “peças publicitárias” exibidas apenas na parte do dia em que a audiência da TVE registra 15 negativo (o restante não é menos animador). A julgar pelo quesito ruindade dos comerciais, o carnavalesco atende pelo nome de Airton Pissetti (Comunicação Social).
Mais. A fúria de Requião registrada contra um ex-amigo jornalista não deixa dúvida acerca do diagnóstico. É “tristeza de vaqueiro”, muito comum entre aqueles que passam meses no pasto dando bom dia para cavalo.
Afora a picuinha pessoal, contudo, o reclame do governo cometeu erro crasso ao denominar o governo Lerner de anterior, quando Requião é a herança maldita de si mesmo. De quebra, impulsionou a contabilidade da oposição. Escuta aqui, se Lerner gastou R$ 1,5 bilhão em oito anos, quanto Requião gastará no mesmo período? Probleminha infanto-juvenil que pode dar em uma soma muito maior, dependendo do que for incluído no balaio. Lápis e papel na mão, portanto.

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