OS ZUMBIS DAQUI
No Japão terra de haraquiri (ei bebuns, não confundir com daiquiri) não há novidade no suicídio de um ministro como Toshikatsu Matsuoka. No metrô japonês é comum adolescentes se atirarem na linha porque foram reprovados nos exames finais ou executivos porque perderam o emprego. De certa maneira, os asiáticos mantêm a tradição de aniquilar-se em nome da honra, da desgraça ou de um pouco das duas.
No Brasil, longe vai o último suicídio de uma autoridade. Se não me falha a história, foi Getúlio Vargas lá no longínquo 54 do século passado.
Esperar que um ministro, deputado, senador enforque-se nas cordas do escândalo é querer demais. No máximo, vive-se um ostracismo temporário que lufa como a memória do brasileiro. Exemplos não faltam. Quantos políticos não foram arrastados para o olho do furacão das denúncias para depois serem ressuscitados pelas urnas. Se o Japão prima pelo suicidas, portanto, o Brasil prima pelo zumbis. O morto de hoje é e sempre será o vivo de amanhã. Duvida? Ei Maluf, explica pra eles.
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