sexta-feira, 25 de maio de 2007

ELA É ELAS

Nos últimos jogos do Botafogo, os lances mais comentados foram os erros da arbitragem. Ora contra, ora a favor do time carioca. Mas nenhuma das falhas repercutiu tanto quanto as DELAS. Talvez porque sejam ELAS. Erros de árbitros e auxiliares não são exceção, mas Ana Paula Oliveira sim. A auxiliar de arbitragem é competente e considerada por muitos uma das melhores da profissão. Prova disso é sua constante escalação em jogos decisivos. Porém, nas últimas partidas que atuou como auxiliar, comprometeu sua reputação cometendo erros que acabaram mudando o destino de algumas competições. Por conta desses erros, Ana Paula Oliveira está suspensa do quadro de árbitros da CBF por pelo menos três rodadas. Punição que, com certeza, deve ser imposta. Mas por que o árbitro Carlos Eugênio Simon não recebeu pena semelhante, após o erro crucial nas quartas de final? Porque ELE errou. Por que não se comenta mais o pênalti não marcado na outra semana? Porque ELAS erraram. ELAS? Pois é, foi esse o modo que o vice de futebol do Botafogo, Carlos “Clodovil” Montenegro, achou para se referir a Ana Paula Oliveira. A assistente, nas palavras dele, errou em nome de todas as mulheres. Afinal, ele tem alguma coisa contra TODAS as mulheres? Uma coisa tenho certeza que ele é contra, o bom senso. Enquanto o racismo é combatido duramente nos gramados, o machismo no esporte bretão continua medieval. O preconceito, em qualquer forma, é condenável. Já sabemos a pena pelo erro DELA. E qual será a pena DELES?

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